segunda-feira, 2 de maio de 2011

Maio

Em pleno mês de maio, nada melhor que este afago poético do poeta  juiz-forano Carlos José Lopes em seu livro Pulsátil/1983:

                                                                 

Maio
desnuda árvores
e amores
enfeita noivas
o chão do parque

Maio
Teus pequenos dias
tuas pequenas luas
a boiarem no céu imenso

Maio
o outono evoca
tua tradição romântica
teu passado de esperanças lívidas
alimentando a cidade
atenta
às suas manhãs
tão úmidas
tua vastidão de horas
a impulsionar
minha alma
ávida de paixões

Maio
dilui-se rapidamente
não espera
que o tempo o segure
pra contar
suas histórias
aos poetas