segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Lei dos 15 minutos

Seja de supermercado ou de banco, quer coisa pior que fila? Se vamos as compras, nos sentimos descontraídos (as) a começar pela roupa mais confortável. O estar psicologicamente preparado (a) para o consumo nos dá um pequeno prazer, se colocar atrás um do outro não faz muita diferença,  bem, até a máquina dar o total a pagar.

Naquela quinta-feira, o cumprimento da "Lei  dos 15 minutos" nunca fora tão questionado, a morosidade como o estabelecimento conduzia o atendimento, a  contrariava. Não tinha outra coisa a fazer, a não ser esperar. Cansada começou a divagar, viu-se na pré-escola  preparando-se para a sua primeira fila meio desconsertada  diante de tantos coleguinhas a sua frente. Deixava a sala de aula mantendo a ordem por tamanho, tropeçando uns nos outros e ali começava a primeira lição de civilidade.

Quarenta minutos foi o bastante para destruir toda a sua aprendizagem e para piorar aparece aquela velha conhecida, que o tempo não parecia ter passado para ela. Chega de constrangimentos, não quis aguardar a sua vez e despediu-se da amiga. Correu para casa, diante do espelho pôs-se a virar de vários ângulos, já não era mais a mesma, sentia-se obtusa. Se é, que vocês me entendem!

Na manhã seguinte, ouviu pela rádio local que a agência bancária fora fechada e lacrada por desrespeito a "Lei dos 15 minutos". Em parte sentiu-se aliviada mas o estrago estava feito, ficou desejosa de uma nova lei que a despertasse para a vida, não de forma tão cruel como esta.

Agora, ciente das mudanças inevitáveis, com os pés no chão, prepara-se para à maturidade.