terça-feira, 12 de maio de 2020

Dia Internacional do Enfermeiro/a


Deixo aqui a homenagem a enfermeira Alice Móra de Andrade, minha avó, que na década de 40, bravamente, lutou junto a comunidade de Santa Luzia para a erradicação do tifo. Recebeu várias homenagens em vida pelo jornal do bairro e também no livro  Cachoeirinha e Santa Luzia: a história do bairro de Mauro Coimbra nas páginas 33, 34, 71.



Em 29.03.2003 foi publicado no jornal Tribuna de Minas a Lei 10.416 de 28.03.2003 que dava o nome da enfermeira Dona Alice Móra Andrade a Unidade de Pronto Atendimento - UPA do bairro de Santa Luzia-JF/MG.



Texto tirado do livro  Cachoeirinha e Santa Luzia: A história do bairro de Mauro Coimbra, 1998.


Homenagem publicada no jornal Nosso Bairro, S.P.M. Santa Luzia.
















domingo, 8 de março de 2020

Indigente

Falta o pé,
falta a vida,
falta a fé.

E vai o homem,
desvalido e triste,
alheio e quieto,
rendido e frio.

Falta a casa,
falta o caso,
neste descaso

A guerra

Lá fora o dia,
lânguido e frio,
pálido e triste.
Aqui estou eu,
cética e sozinha.

Lá fora o homem, 
a guerra e o frio,
o caos e a fome.
E o mundo vazio.

sexta-feira, 6 de março de 2020

A chuva

Era verão,
o  dia estava cinzento
e anunciava o amanhecer.
Uma sensação fria invadiu o meu corpo,
não me contive, comecei a correr.
O vento se rebelava e desmanchava os meus cabelos.
Um misto de prazer invadiu o meu ser
e eu me senti molhada,
... começou a chover!

Exílio

Ah amigo, como dói,
saber a tua sorte.
Te ver neste canto,
saber do teu desencanto.
E não poder mais, encantar o teu canto.

Ah amigo, como dói.
Dói te ver neste canto,
jogado ao desencanto
e sem nada poder fazer.

Ah amigo, como dói.
Dói ter que ficar no meu canto,
vendo o teu desencanto.
Sem pelo menos poder,
acalentar o teu canto.

quarta-feira, 4 de março de 2020

O Amiguinho do Gato autor Afonso Celso (1860-1938)

Eu gosto do gato,
que é manso, que é bom.
Se o pelo lhe cato,
que meigo ron-ron!

Se o gato me arranha,
bem caro lhe sai.
E o pobre, se apanha,
não chama seu pai.

Das vis ratazanas,
valente agressor.
Em trocas maganas,
o gato é doutor.

Se a mão lhe estendo,
não vem nem a pau.
Só eu é que entendo
seu doce miau.

Oh, nunca de ingrato,
ninguém me chamou.
Amigo do gato,
serei, fui e sou!

Foi com esta poesia, que escolhi o meu animal de estimação e  me tornei  a amiguinha do gato, citada em meu texto Relembranças/2010.

 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Epitáfio


Aqui jazz uma mulher que, na vida, atravessou o deserto mas encontrou vários oásis... foi feliz.

Enigma (para o prof. Edmilson Pereira)


Procurei-te
em todos os versos e entrelinhas.
Desci ao âmago de cada poema
e ávida para desvendar seus mistérios,
indecifrável... encontrei-te.




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

* Internauta confessa

Qual dentre vós ao entrar em um site, não se emocionaria ao ver um pai preparar o quarto da filha? Se algum de vocês, internautas, que nunca deixaram ser tocados pela emoção, que atirem a primeira pedra!

- Confesso, não pude me conter!

-   Por favor, ouçam-me!

-   Sim, entrei no site, página aberta aguçando a minha curiosidade ... o texto Histórias de Rodapé.

A história começa quando o autor resolve reformar o quarto da filha, Duda, e retira os rodapés para pintá-los. E qual não foi a sua surpresa ao deparar com alguns objetos perdidos com o tempo.

Ele de tão absorto, em suas descobertas, nem percebeu a minha presença e como o arqueólogo  Walter Neves pinçava, um a um, os objetos encontrados naquele local. O material, verdadeiro convite ao diálogo e evocava todas as pessoas conhecidas para ajuda-lo nessa empreitada.

Em um canto, um tanto reservada, encontrei a senhorita Amelié, talvez pela situação  semelhante vivida por ela. Ao contrário dela, Anderson não iria atrás de seus donos para devolver os seus pertences e sim ouviria daqueles achados suas histórias, estava curioso por suas narrativas.

Um pouco à frente rodeado por Machado, Barthes e Calvino entregou-se as suas elucubrações e via a pequena Duda habitando um quarto impregnado de memórias. De súbito, o autor saiu desse êxtase, recolocou os rodapés, pegou as ferramentas e por pouco, eu não ficava encarcerada nas entrelinhas de suas escrituras.

Caso vocês queiram vivenciar essa aventura, vá ao site, em Categorias: cliquem Literatura e se deleitem com o texto Histórias de Rodapé. Mas fiquem espertos, e se de lá saírem, por favor, tragam-me notícias de Duda!


* Dialogando com o texto Histórias de Rodapé do prof. Anderson Luís da Silva no Site Comcime UFJF.  

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Resistência

O que está acontecendo comigo?
Dentro de mim, algo me consome.
O meu corpo definha
e eu resisto.

Tento engolir
e a dor impede,
que eu saborei
as delícias da vida.

As minhas papilas gustativas
não reconhece suas funções.
Ignoro e me empanturro.
Tudo é tão estranho.
E eu resisto.