quarta-feira, 4 de março de 2020

O Amiguinho do Gato autor Afonso Celso (1860-1938)

Eu gosto do gato,
que é manso, que é bom.
Se o pelo lhe cato,
que meigo ron-ron!

Se o gato me arranha,
bem caro lhe sai.
E o pobre, se apanha,
não chama seu pai.

Das vis ratazanas,
valente agressor.
Em trocas maganas,
o gato é doutor.

Se a mão lhe estendo,
não vem nem a pau.
Só eu é que entendo
seu doce miau.

Oh, nunca de ingrato,
ninguém me chamou.
Amigo do gato,
serei, fui e sou!

Foi com esta poesia, que escolhi o meu animal de estimação e  me tornei  a amiguinha do gato, citada em meu texto Relembranças/2010.