Embora aposentada continuava a dar aulas em sua casa. Naquela manhã, levantou-se como de costume, colocou o lixo fora, foi a padaria e preparou o seu café. Olhou para o relógio, oito horas e trinta minutos, estranhou o atraso das crianças. Foi quando viu uma delas passar e falou:
- Já estava ligando para você, queria saber o porquê de sua falta!
Estranhamente, o menino respondeu:
- Mas, hoje, não é meu dia!
Imediatamente, ligou para outro aluno e o pai sonolento e confuso, não entendia por que o filho deveria estudar naquele dia. Foi quando ligou para a mãe de Carol e esta disse que não fora avisada, pela filha, sobre a aula de domingo. Aí, viu, que dera o maior fora, tentou disfarçar, desculpou-se, inventou algo, até a mim, que a acompanho a tanto tempo, conseguira me enganar.
Durante a semana, pude notá-la assustada e pensativa. Num dado momento, parece que os seus neurônios tilintaram, trazendo-a à razão. Lembrou-se que no dia anterior, sábado, recebera pessoas que só a visitavam aos domingos. Ufa... que alívio! Trocou as bolas ou melhor trocou os dias!
Mesmo satisfeita com este subterfúgio, no dia seguinte procurou o psiquiatra. Credo em cruz!