quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Juiz de Fora, 158 Anos

    Caminho por esta cidade que não é só minha. Revejo o passado num pouco que ainda lhe resta. Alguma coisa acontece em meu coração quando cruzo a São João com a Rio Branco e deparo-me com aquela moderníssima agência do Banco Itaú que outrora  abrigara o meu Colégio Instituto Santos Anjos.
    Fico ali parada, hipnotizada e vejo-me conduzida por meu pai até a sua entrada. Volto o meu olhar à direita e lá está o bonde Poço Rico que nos conduzia de volta ao lar. E tudo começava quando o motorneiro dava o sinal de partida, íamos deixando para trás a escola.
    Surgia, à nossa frente, os casarões, o Grupo Delfim Moreira, a Catedral; descíamos a Espírito Santo e lá a Faculdade de Odontologia, o Lactário São José, a Escola Normal, o Meurer, a Cia. Mineira de Eletricidade e o Pantaleone Arcuri. Logo entrava na Ozório de Almeida, de onde podíamos avistar o muro branco do Cemitério Municipal, a Praça da República com seu lago de peixinhos dourados, o Grupo Henrique Burnier e o açougue do Sr. Sílvio que era o ponto  final.
    Desperto com os esbarrões e o buzinar dos carros. O tempo passou, a cidade cresceu e aqui estou... impregnada de saudade!